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Podcast sobre criança com transtorno de ansiedade

  • Foto do escritor: Sheila Antony
    Sheila Antony
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Com muita alegria, venho divulgar um podcast realizado pela Plataforma americana Academia.edu, da California-EUA, com audio de Richard Price, que permite pesquisadores compartilhar artigos, acompanhar pesquisas, monitorar o impacto de seu trabalho e colaborar com outros cientistas globalmente, facilitando o acesso aberto ao conhecimento. Fiz a tradução completa do áudio, porém, vou escrever as observações mais importantes para não ficar muito longo o texto.

  • Considerando a Gestalt-Terapia (GT) como abordagem teórica de base, a autora traz com relevância que a ansiedade na criança não é somente uma fase ou algo que acontece isoladamente – a ansiedade está na criança e está na família que se afetam mutuamente, atinge a totalidade da vida da criança (a escola, a amizade).

 

  • O argumento central do artigo é que: a angústia de separação dos pais, o medo da escuridão, as fobias não podem ser vistos como fracassos individuais ou problemas a serem resolvidos com medicação  apenas – tudo no mundo e todos do campo familiar contribuem na formação dos sintomas. Uma criança que tem medo de dormir sozinha, que vai para a cama dos pais, está realizando um ajustamento criativo, pode ser uma tentativa de buscar mais proximidade com as figuras parentais, de receber cuidados, de ter as necessidades afetivo-emocionais atendidas. O ajustamento criativo são comportamentos para se proteger e aliviar angústias.

 

  • O artigo recorre a teoria do desenvolvimento para afirmar que os medos da criança refletem problemas dos pais não resolvidos na infância, como, por exemplo: a minha casa era um ambiente seguro? Havia uma relação nutritiva com meus pais? Ou a minha casa era um lugar ameaçador, perigoso, superprotetor? Minha mãe me dava amparo? Meu pai estava constantemente raivoso ou com medo?

 

  • A autora Sheila Antony enfatiza que, em vez de, se pretender livrar a criança dos medos e curar os sintomas por meio de medicações, é necessário compreender o que esses medos significam, o que está acontecendo na família ou no ambiente escolar/social? O que os pais estão fazendo e o que não estão fazendo para que esses sintomas tenham se manifestado? O sintoma é uma mensagem que diz que algo no sistema familiar requer atenção.

 

  • A GT trabalha para dar consciência aos pais sobre os padrões de contato não saudáveis; para encorajar a criança a expressar as emoções e não somente "falar sobre". Terapia não é sobre consertar a criança, mas explorar e mudar o contexto familiar, dando suporte a todos para novos e saudáveis comportamentos. Sheila Antony traz uma nova visão sobre a criança com ansiedade. Faz um convite para se enxergar a criança como uma sobrevivente criativa e não apenas como um problema a ser resolvido ou alguém que necessita ser medicado.


  • Eis o artigo: ANTONY, S. A criança com transtorno de ansiedade seus ajustamentos criativos defensivos. Revista Abordagem Gestalt, v. 15, no. 1, Goiania, junho, 2019.

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