O corpo, a doença, a mensagem
- Sheila Antony
- 15 de fev. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de jun. de 2023
Participei de Podcast, em fevereiro, a convite do psicólogo Jonatas Oliveira, gestaltista de Natal, para conversar sobre psicossomatização - teoria que unifica o corpo e a mente. Toda a linguagem é psicossomática. Quando falo, faço uso de gestos, contrações faciais, alterno o tom de voz, às vezes, até modifico a respiração, conforme o conteúdo de meu discurso. A linguagem pode ser verbal e corporal e, em algumas situações, o corpo revela emoções que a boca não fala ou mesmo nega. Em verdade, o corpo não mente, a mente mente, tenta enganar ou mascarar o sentimento genuíno. O corpo em movimento é fonte da formação da subjetividade, do conhecimento (de si, do outro, do mundo, dos objetos), da cognição (atenção, conceitos, pensamentos, memória). Um corpo que pouco se move empobrece a expansão do eu, diminui a autoconfiança e a descoberta do potencial físico-corporal que contribui na exploração de novas possibilidades, habilidades, capacidades (internas e externas). Se a boca cala, o corpo fala. Assim, se alguém não expressa o que sente e pensa verbalmente ou corporalmente, e se alguém não pensa as suas emoções e sentimentos, dará margem ao surgirmento de sintomas psicossomáticos. Quanto menos idade tem a criança, mais somatizações acontecem (enurese noturna, encoprese, insônia, roer unhas, problemas na alimentação), porque sua capacidade cognitiva é pouco desenvolvida. Os sintomas somáticos são metáforas de conflitos psíquicos. O corpo dá voz ao sofrimento emocional não entendido, não elaborado, não dito. No adulto vê-se sintomas ou distúrbios somáticos, como a enxaqueca, problemas gastrointestinais, de pele, nas articulações (joelho, mãos, ombros, coluna) insônia, gagueira, obesidade, anorexia, resultantes da falta de diálogo entre o corpo e a mente. A doença aparece do desequilíbrio entre o excesso e a falta. Tudo que excede, sobra. O excesso de gordura, de músculo, de magreza revela um vazio do eu. Há um excesso de atenção ao que está fora (eu corporal) e uma deficiência ao interno, aquilo que se passa dentro do eu. A saúde emocional requer a harmonização entre o corpo e a mente, entre o corpo que tenho e o corpo que sou. Em síntese, o corpo é sede das sensações, lugar das emoções, fonte da expressão somática do sofrimento. O corpo não mente, expõe a verdade dos sentimentos e pensamentos. O corpo ouve a ti e sente tuas emoções!
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