top of page

III Congresso Latino-Americano de Gestalt-Terapia

  • Foto do escritor: Sheila Antony
    Sheila Antony
  • há 13 minutos
  • 3 min de leitura

Estive presente no III Congresso Latino-Americano de GT, em Pirenópolis, no período de 27 a 30 de agosto, no qual participei do evento de lançamento de livros, com a venda de meu livro e de Daniela Bái "TERAPEUTAS CRIATIVOS: GESTALT-TERAPIA PARA CRIANÇAS, ADOLESCENTES, ADULTOS E FAMÍLIA. e da Mesa Redonda "A CRIANÇA PARA ALÉM DOS SINTOMAS: A INTERFACE DAS FERIDAS DOS PAIS E DA CRIANÇA". Nosso livro enfatiza a relevância da ciência e da arte serem integradas no processo terapêutico, como método para se alcançar a linguagem simbólica dos conflitos, abrindo caminhos para o ser humano se reconectar com partes esquecidas, reprimidas de si, e experiências traumáticas e temidas. Por meio de técnicas artísticas, de experimentos, de atividades lúdicas, o abstrato é tornado concreto, o verbal é objetivado, criando possibilidades de os dramas psicológicos se tornarem conscientes e compreendidos Zinker (2007, p. 62) pontua que "o terapeuta criativo é experimental. Sua atitude inclui o uso de si, do cliente e dos objetos do ambiente a serviço da invenção de novas visões das pessoas ". Ciornai (2004, p. 78) valoriza o uso de recursos artístico ressaltando que "a atividade artística solicita o sensível, o intuitivo e até o lúdico, sendo facilitadora do contato com vivências pré-verbais, não reflexivas, conectando com mais profundo que há em nosso íntimo". Criar, expressar, transformar - esse é o processo psíquico a ser provocado em cada sessão terapeutica, de modo que a pessoa possa reconstruir o eu, compreender seu drama psicológico, fechar gestalts significativas, para que emerja uma nova consciência de si. Aproveitem a leitura! (tenho esse livro comigo para compra)


Na Mesa tratei do significado do sintoma, como se dá a sua formação e a conexão existente entre o conflito da criança com os conflitos da infância dos pais. Por trás de um sintoma há uma pessoa a ser compreendida e um conflito verdadeiro a ser trazido à luz. O sintoma surge como tentativas da criança de ajustar-se criativamente a um ambiente familiar hostil, negligente, violento, repressor, exigente, superprotetor, por meio de condutas, que visam neutralizar a angústia. O sintoma é uma metáfora de um sofrimento não consciente, mascara o drama real, criando um falso problema a ser resolvido. A enurese noturna, enquanto sintoma psicossomático, mostra uma criança funcionando de maneira regredida para obter os benefícios dos cuidados corporais primitivos (trocar fralda/roupa, fazer dormir, receber atenção), que não recebeu apropriadamente ou, ainda, para atender a necessidade dos pais de permanecer infantil e dependente. A criança aprende que deve atender a necessidade primária das figuras parentais e não a sua, a qual torna-se secundária - o outro será figura e ela sempre fundo na relação. A acomodação às necessidades dos pais, em geral, leva (mas não sempre) ao desenvolvimento da personalidade "como se" (Miller, 1997, p. 23). Em verdade, os pais projetam seus conflitos não resolvidos da infância na criança, a qual introjeta, tomando para si as carências, os medos, as angústias dos pais, deviando-se do seu destino pessoal, renunciando a própria realização, satisfação e personalidade. Miller (1997, p. 74) acrescenta que "a tragédia da infância dos pais será perpetuada, inconscientemente, nos filhos enquanto não olharem para a própria história". A criança com seu sintoma é a voz que denuncia o mal-estar nas relações familiares, é aquele membro que se sacrifica pela cura do sistema familiar, assumindo inconscientemente a missão de salvar a família (Anton, 2020, p. 99).


ree

Comentários


Arquivo
Procurar por tags
© 2018 por Mônica Indig. 
bottom of page