Curso Neuroeducação e Neurociências
- Sheila Antony
- 28 de jan.
- 1 min de leitura
Faço parte do corpo docente do curso Neuroeducação e Neurociências no trabalho com crianças e adolescentes na abordagem gestáltica, desde a 1a. turma, em 2020. Nesse ano de 2025, darei aula sobre saúde e doença: da totalidade a individualidade. Uma boa abordagem psicológica tem uma boa teoria sobre psicopatologia. Se o terapeuta não sabe o que a pessoa tem, não saberá como tratar. Diagnosticar é preciso. O diagnóstico contém a semente da cura. A Gestalt Terapia sustenta teoricamente que para se compreender um comportamento, uma pessoa, um distúrbio é necessário olhar para o campo organismo/ambiente (a família, a cidade, o lugar, a cultura); o todo que é o indivíduo (corpo, mente, subjetividade) e o todo que a família é (história, traumas, antecedentes excluídos e admirados); a figura que emerge do fundo (sintomas, patologias, transtornos). A criança ou adolescente que chega para psicoterapia é o porta-voz do sofrimento de uma família adoecida em suas relações, nos papéis que cada um ocupa, nas crenças introjetadas e nos legados transmitidos transgeracionalmente. Afirmo que, paradoxalmente, onde há doença, há um movimento de busca pela saúde. O psicoterapeuta precisa ir além do sintoma, da psicopatologia e dos transtornos. Precisa conhecer e compreender a pessoa que está por trás com seu potencial saudável, limitações e fraquezas. Diagnosticamos patologias (segundo os manuais de classificação) e não pessoas.
(Trechos extraídos do meu livro Transtornos Clínicos da Infância e da Adolescência: um olhar compreensivo da Gestalt-Terapia)

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