top of page

Curso na Clínica Pupila

  • Foto do escritor: Sheila Antony
    Sheila Antony
  • 10 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura

Fui convidada para dar o curso "A clínica gestáltica com crianças: teoria e prática", com carga horária de 16horas, por Liu e Marcos, psicólogos e proprietários, no mês de maio de 2024. A PUPILA atende crianças de baixa renda, sem o menor custo para a família. As psicólogas que lá trabalham são voluntárias, no entanto, recebem treinamento e aperfeiçoamento profissional , de forma gratuita, por meio de cursos e supervisão. Liu e Marcos prestam, verdadeiramente, um serviço de grande valor humanitário para as pessoas de baixa renda e para os psicólogos em crescimento profissional. No curso apresentei os conceitos mais importantes da Gestalt-Terapia que a definem como a terapia do contato, da awareness e do aqui e agora. Uma abordagem fundamentada no Existencialismo, no Humanismo e na Fenomenologia cujo método enfatiza a descrição do vivido, daquilo que aparece no imediatismo da experiência, facilitando o conhecimento do ser em situação. O gestalt-terapeuta não usa o porque, mas umas palavras que tornam a tomada de consciência de si, dos conflitos, da ansiedade e dos comportamentos problemáticos (ou sintomas), como algo mágico - o que, como e o para quê. A fenomenologia fortalece os princípios do aqui e agora, do aprendizado pela experiência, do incentivo à consciência, da concentração sobre o contato (Burow & Scherpp, 1985). Há umas regras que orientam a condução do uso das técnicas, que são: 1) Descrição: conte o que fez, o que se passa nessa cena, quem são os personagens. 2) Identificação: escolha o que mais lhe chama atenção nessa cena (objeto, personagem). Agora seja isso. 3) Diálogo: converse, estabeleça um diálogo entre esses personagens ou objetos. 4) Apropriação: algo assim já aconteceu com você, na sua vida? O que isso fala de você?


Apresentei o uso da argila, da caixa de areia, dos fantoches, do desenho, dos bonecos mitológicos e metafóricos e dos bonecos Playmobil (para montar a família e criar um diálogo autêntico sobre as necessidades, medos, o não dito, o perdão, a gratidão e o seguir a vida com autonomia). Lembrando que as técnicas jamais devem se sobrepor à relação terapeuta-criança. Não devem ser impostas, mas serem propostas conforme o que está sendo experienciado, o ritmo e a singularidade da criança e seus conflitos. Em Gestalt transformamos as técnicas em experimentos, os quais visam produzir um fazer, de forma que leve a criança a desbloquear um impulso contido, uma ação temida, uma palavra não dita, uma emoção reprimida. A criança aprende ao se experimentar. A experiência leva à awareness, à consciência de si e dos dramas vividos.


(Trechos extraídos do livro Cuidando de crianças: teoria e arte em Gestalt-Terapia, 2012, de Sheila Antony)




Opmerkingen


Arquivo
Procurar por tags
© 2018 por Mônica Indig. 
bottom of page