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Autoestima, autoconceito, autossuporte

  • Foto do escritor: Sheila Antony
    Sheila Antony
  • 1 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de nov. de 2021

Há muito a ser feito com a criança que chega à terapia, geralmente, ela convive com uma débil autoestima e se atormenta com pensamentos negativos sobre si. A criança apoiada em uma sólida autoestima é capaz de reconhecer seus sentimentos e pensamentos e compartilhá-los , é aberta as próprias reações emocionais sem temer expressá-las. A autoestima saudável fomenta o amor-próprio, fonte de desenvolvimento da autoconfiança, do autorrespeito e da aceitação de si. Quem se gosta reconhece suas boas qualidades, elogia-se quando merece, tem bom ânimo para viver o dia com suas adversidades, ainda se compraz em resolver os problemas e as situações de tensão que surgem. Quem gosta de si, dá valor àquilo que sente, pensa e faz; por conseguinte, atua como seu próprio apoio, é capaz de se confortar, motivar, consolar, perdoar, tolerar seus supostos erros e condutas inadequadas. Não temerá conflitos por acreditar em si, na força interior que a move em direção à autossatisfação e autorrealização. A boa autoestima conduz ao bom autossuporte, que consolida um forte senso de identidade, capacitando a criança a resolver seus problemas presentes e futuros, ancorada no seu potencial criativo de pensar e agir . A boa autoestima se funda em vínculos de segurança e confiança, oriundos de um relacionamento parental baseado no respeito e confirmação da individualidade da criança. Pais suficientemente bons estimulam a autonomia, a independência, o senso de responsabilidade, elogiam as qualidades, validam a percepção espontânea da criança, são continente para toda forma de expressão emocional e estabelecem limites, o que ensina a criança a lidar com frustração. A autoestima fecunda a crença de que sou capaz de amar e sou capaz de ser amada. A criança cresce acreditando que é merecedora de ser feliz, receber elogios, ter amigos, realizar seus desejos e alcançar todo bem e prosperidade que a vida lhe conceder. Encerro com uma palavra bíblica: Pais deixai de irritar vossos filhos para que não se tornem desanimados (Colossenses, 3:21).


(Trecho extraído do livro Transtornos Clínicos da Infância e da Adolescência: um olhar compreensivo da Gestalt-Terapia, Editora Juruá, 2020)


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