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Natal em família

  • Foto do escritor: Sheila Antony
    Sheila Antony
  • 17 de dez. de 2019
  • 2 min de leitura

Nessa data das festas de Natal muitas memórias familiares são recordadas , algumas carregadas de tristeza outras de alegria. Por ser momento de reunião e reencontro em família, no qual se supõe o amor, necessidades profundas da confirmação de ser amado e pertencente à família eclodem. Quando trabalhei no Instituto de Saúde Mental (hospital psiquiátrico), muitos pacientes entravam em surto psicótico, nesse período, em razão da mensagem natalina de celebração do amor em família, do renascimento e da renovação. Como é importante para um filho sentir-se incluído, pertencente, identificado com os pais que tem para nutrir o sentimento de ser digno e merecedor de ser amado. Onde há exclusão, há rejeição, cisão e solidão. Aquele excluído perpetuará o ciclo transgeracional da dor da discriminação e não aceitação, o sentido da vida perde o rumo para esse membro familiar, podendo se manifestar em forma de depressão, bipolaridade, dependência química, psicose. Quem recusa um filho, expõe a ferida da expulsão do paraíso. Esse drama vai ser reencenado com um filho fora do casamento, aborto, suicídio, tentativas de buscar significado, denunciar o que está errado e adoecido no sistema familiar. Todos tem o direito de pertencer, de ter o seu lugar no sistema familiar desde sua origem e criação. Tudo na vida é amor! Todos os distúrbios psicológicos emergem pela falta do amor, negação do amor, excesso de amor. Não podemos negar o pai e a mãe que temos, a despeito de suas deficiências e insuficiências, senão viveremos incompletos e nos identificaremos com aquela figura parental que nos rejeitou, maltratou, excluiu. Será uma vida vivida com medo, ódio, tristeza. Mesmo diante de pais maus, em algum momento o amor fluiu, o bem aconteceu e deu origem a uma vida! Para haver a cura é fundamental integrar internamente o bem e o mal existente em cada um de nossos pais, principalmente o bem através da força e do poder que simbolicamente é conferido ao nosso pai-homem e mãe-mulher, dizendo: "Pai, eu tomo a tua força para conquistar o mundo, enfrentar a vida, fazer algo de bom para o mundo, com coragem para progredir e prosperar". Mãe, eu tomo a tua força para desejar a vida, buscar meus sonhos e objetivos, caminhar com meus próprios pés, respirar com meus pulmões, alcançar o sucesso". Pai e mãe, eu tomo a vida que me veio através de vocês, tomo tudo, com tudo que custou para vocês e tudo que custa para mim. Eu sigo e faço algo de bom, de sucesso para mim, para vocês e para o mundo"! Assim seja, assim é! Desejo um abençoado e feliz Natal com todo amor que temos direito a ter nessa vida!

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