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Automutilação e Tendências Suicidas

  • Foto do escritor: Sheila Antony
    Sheila Antony
  • 2 de dez. de 2018
  • 2 min de leitura


Foi realizada a Roda de Conversa sobre Automutilação e Tendências Suicidas, no dia 29 de novembro de 2018, no Espaço Consciência, com o apoio da querida psicóloga Ana Carolina Fernandes, responsável pelo Espaço. Houve participação de Psicólogos, Arte Terapeuta e Pais. Na conversa abordei a diferença entre adolescentes que praticam a automutilação e apresentam ideação suicida. Na automutilação, o adolescente não tem a intenção suicida, mas de buscar atenção para o sofrimento psíquico que está vivenciando devido a conflitos na família, no ambiente escolar ou por questões amorosas. Os cortes infligidos no corpo são tentativas de autocura, é uma forma de exercer autocontrole sobre a dor emocional, a qual não é mais tolerável. O ato de provocar dor física é um modo de apaziguar a insuportável dor emocional, não dita, não expressa. O corpo deixa de ser fonte de prazer, torna-se objeto de tensão, raiva e desprazer, o que leva o adolescente paulatinamente a perder o cuidado e atenção com o corpo e consigo. A auto lesão geralmente vem logo após achar que cometeu um ato errado que feriu uma pessoa significativa, por julgar-se mau e assim ser merecedor de punição. Também quando é vítima de alguma forma de violência (psicológica ou física) que fere sua autoestima, a qual já é pobre. Dessa forma, instaura-se profundos sentimentos de rejeição, tem início o isolamento e a ruptura com o outro. A automutilação configura-se como sintoma de autopunição, sendo o desejo de agredir a fonte de sua raiva, dirigido contra si mesmo. O adolescente precisa aprender a reconhecer a raiva e externá-la com ação não prejudicial a si, tomar consciência dos sentimentos ambivalentes de amor e ódio que vive em suas relações afetivas com os pais e demais pessoas. Requer trabalho com o corpo para liberar o bloqueio do prazer e recuperar a capacidade de obter prazer.

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