Transtorno alimentar e obesidade na adolescência
- Sheila Antony
- 24 de mar. de 2018
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A literatura científica afirma que adolescentes com anorexia, bulimia e obesidade apresentam falhas no senso de identidade e na autonomia. Antes de serem instalados os transtornos, esse adolescentes são tidos como obedientes, ótimos filhos que tem bom desempenho escolar. Tais comportamentos são manobras defensivas para ocultar sentimentos de impotência e incompetência, além de déficits no desenvolvimento da personalidade (Bruch, 1973). Na visão do autor, a origem do distúrbio está na relação primária mãe-bebê, cuja mãe é incapaz de responder adequadamente as necessidades básicas do bebê. A criança-adolescente na busca pela magreza, com a recusa da ingestão de alimentos, realiza condutas de oposição à mãe para romper a ligação com ela, a qual é sentida como intrusiva e controladora. Esses transtornos revelam uma dissociação na unidade corpo-mente, em que o adolescente não experimenta seu corpo e seu mundo interno de forma real, saudável e coerente. Na anorexia, bulimia e obesidade, o corpo é percebido de modo distorcido, tanto na forma quanto nas funções. O trabalho terapeutico é voltado para dar uma autopercepção mais realista do corpo, desenvolver a autoaceitação, autoconfiança e a autonomia; fortalecer o senso de eu; integrar corpo-mente; trabalhar a libertação da figura materna dominadora que é central na vida psíquica da criança-adolescente.
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